domingo, 15 de junho de 2008

Emerson, Lake and Palmer

Dando continuidade ao som progressivo, trago pois, outro gigante do estilo, o Emerson Lake and Palmer.


Em idos da década de 70, começavam a surgir, principalmente na Inglaterra, os chamados "power trios"; Bandas formadas por baixo, bateria e guitarra simplismente (em contraste com a habitual formação dos '60, geralmente com duas guitarras) . Eis que partindo de uma banda extremamente experimentativa (o "Nice"), Keith Emerson (órgão, piano e moog) funda o ELP junto com Greg Lake (baixo, voz e eventualmente violão) e Carl Palmer (bateria). Originalmente, ninguem menos do que Jimi Hendrix se juntaria a banda, mas o gênio negro faleceu antes disso ser possível. Sem problemas, ficou ELP mesmo, que já começava inovando, tendo ao invés de uma guitarra elétrica como astro principal; Hammonds, pianos e Moogs.

Aqui cabe inclusive uma pequena passagem histórica sobre a criação do Moog, visto que esta, está diretamente ligada ao ELP. Idealizado pelo Dr. Robert Moog, em parceria com Keith Emerson, o Moog foi o protótipo dos sintetizadores como os conhecemos. A idéia de executar sons de variados instrumentos através das teclas de um piano já vinha sendo desenvolvida a alguns anos com o chamado Mellotron; Entretanto este se baseava na gravação dos sons de, por exemplo, uma flauta em uma fita cassete, e que eram executados "alive" quando pressionadas as teclas; Sendo assim tão rudimentar, gerava enormes problemas, principalmente ao serem transportados devido a turnês.

O Moog veio como uma evolução do mellotron, na medida em que além de não usar fitas cassetes, supostamente ainda poderia reproduzir sons de diversos instrumentos. Mas a verdade é que no som do moog não havia fidelidade a qualquer instrumento conhecido; Sem saber, o Dr. Robert Moog criou um novo instrumento, o sintetizador. Originalmente o Moog era um trambolho; um aparelho gigante e dificílimo de usar; Pra piorar: Monofônico (só executava uma nota por vez, sendo usado quase exclusivamente para solos). Pela sua dificuldade foi muito pouco usado no rock; Como usuários habituais destacam-se Keith Emerson, Rick Wakeman e mais alguns poucos tecladistas de rock progressivo.

É verdade que a "não-fidelidade" sonora do moog tinha o dedinho de Keith Emerson, que tinha uma queda por sons estranhos; Por isso mesmo é comum se dizer que o moog foi criado "para" Keith Emerson, tendo sido o ELP o primeiro grupo a fazer uso dele em discos e apresentações.


Bem, começemos a resenha...

O Emerson, Lake and Palmer foi criado em 1970.Seu nome quase foi Hendrix, Emerson, Lake, and Palmer (ou HELP). Em 1969, Keith Emerson estava tocando com os The Nice, e Greg Lake estava tocando com o King Crimson. Após tocarem nos mesmos concertos algumas vezes, os dois tentaram trabalhar em conjunto, mas perceberam que seus estilos não eram compatíveis, mas sim complementares. Eles desejavam se tornar uma banda composta por teclado, baixo e bateria, algo que nunca havia sido feito ateriormente, mas sentiram que era algo utópico, e então saíram a procura de um baterista. Antes de confirmar Carl Palmer na banda, Mitch Mitchell (do The Jimi Hendrix Experience) foi contactado. Ele não se interessou mas passou a idéia para Jimi Hendrix. Hendrix, cansado de sua banda e querendo experimentar idéias diferentes, expressou interesse em tocar com o grupo. Por conflitos nas agendas dos músicos isso não foi possível inicialmente, mas o plano era unir Hendrix no Isle of Wight Festival (em 1970). Infelizmente Hendrix faleceu, reduzindo a banda à Emerson, Lake and Palmer.

Os primeiros quatro anos foram muito férteis em criatividade. Lake produziu os primeiros seis álbuns da banda, começando por Emerson, Lake and Palmer (álbum) em 1970, que continha o hit Lucky Man. Tarkus (de 1971), foi o primeiro álbum conceitual de sucesso da banda, descrito como uma história de evolução reversa. A gravação ao vivo de 1971 da interpretação da obra de Modest Mussorgsky Pictures at an Exhibition foi um sucesso, o que contribuiu para a popularidade da banda. O álbum de 1972 Trilogy continha o single mais vendido da banda, From the Beginning.
No final de 1973, o álbum Brain Salad Surgery foi lançado, se tornando o álbum de estúdio mais famoso da banda. As letras foram parcialmente escritas por Peter Sinfield, que foi o criador do conceito King Crimson e único letrista em seus primeiros quatro álbuns. As subsequentes turnês mundiais foram documentadas em uma gravação ao vivo tripla, intitulada Welcome Back my Friends to the Show that Never Ends.
O ELP parou por três anos para reinventar sua música, mas perdeu contato com a cena musical em transição. Fizeram turnês pelos Estados Unidos e Canadá em 1977 e 1978, para manter o contato direto com seu público. Mas com a expansão dos movimentos disco, punk e new wave, a banda não conseguiu mais se manter como inovadores da música. Eles terminaram a banda por conflitos pessoais.

Em 1985, Emerson e Lake formaram outro ELP, desta vez com o baterista de heavy metal Cozy Powell. Palmer não aceitou participar da reunião, preferindo se manter com o Asia. Rumores também ligavam Bill Bruford à nova formação, mas o ex-baterista do Yes estava com o King Crimson e seu novo grupo Earthworks. Emerson, Lake & Powell teve sucesso razoável, com o single Touch and Go gerando espaço nas rádios e na MTV. Apesar disso, a tensão já antiga entre Lake e Emerson resurgiu na turnê de 1986. Emerson e Palmer posteriormente se uniram a Robert Berry para formar a banda 3, que não nunca obteve sucesso.

Aqui estão as duas maiores pérolas criadas pelo ELP, discos que com certeza se encontram entre os melhores da história do gênero progressivo, o primeiro é o Trilogy, album de 1972 que conta com "From the Beginning" o single mais comercial do ELP, é um album em que os 3 músicos esbanjam talento e que contou com a colaboração de Aaron Copland na faixa "Hoedown", já o Brain Salad Surgery, para muitos é o melhor album da banda, a faixa mais conhecida é "Karn Evil 9 - 1st Impression, Part 2" (famosa pelo bordão Welcome back my friends to the show that never ends...). "Karn Evil 9" como um todo teve que ser originalmente dividida nos lados A e B do álbum. O CD estadunidense também dividia a faixa, mas lançamentos posteriores apresentavam a obra em uma só faixa. As letras foram co-escritas por Greg Lake e seu companheiro e ex-membro do King Crimson Peter Sinfield. Na faixa instrumental "Toccata", baseada no primeiro concerto para piano de Alberto Ginastera, efeitos especiais de sintetizador foram produzidos não por Keith Emerson mas por Carl Palmer, usando a técnica recém desenvolvida de sintetizadores de bateria. Ginastera aparentemente não ligou para a utilização de sua obra pela banda, nem cobrou seus direitos autorais. Pelo contrário, o compositor gostou da nova versão.
A capa do album foi desenhada por H. R. Giger.


Trilogy

Brain Salad Surgery



terça-feira, 10 de junho de 2008

YES

oooww...
Chega de coletâneas...

Alguns álbuns agora de um dos maiores expoentes do rock progressivo: YES!!
Ó... Coisa pra nego maconhado hein... Depois não diz que eu não avisei...

Formado 1968 por excelentes músicos ingleses, alguns oriundos da escola clássica, o yes sempre foi um grupo destacável tanto pela inventividade quanto pelo virtuosismo de seus integrantes (alguns diriam que pela feiúra também, mas não vamos ser malidicentes, sim?) . A banda começa com a seguinte formação: Jon Anderson (vocal), Chris Squire (baixo), Tony Kaye (teclado), Peter Banks (guitarra) e Bill Bruford (bateria).

Depois de dois Lps sem graça a banda sofre uma remodelagem importantíssima em meados de 1970: Sai Peter Banks; Entra Steve Howe. Melhora imediata. O terceiro Lp (The Yes Album) é maravilhoso e já demonstra até onde o yes haveria de chegar. Riffs inspiradíssimos, harmonias vocais melodiosas, solos avassaladores e letras o mais filosóficas dão o tom do disco. O disco conta também com a indispensável figura do produtor Eddie Offord, considerado um mago dos estúdios, que se tornou uma ponte entre a fértil imaginação do yes e a real transformação dela em música.

Chega o ano de 1971, e com ele o último personagem que constituiria a formação clássica do yes: Rick Wakeman, substituindo Tony Kaye; o qual não conseguia se equiparar a Howe em termos de performance.

Wakeman, formado em piano clássico, músico de estúdio profissional, viria a se tornar uma atração a parte nos shows do yes com seus quase dois metros de altura, cabeleira loira escorrida, capa de brilhantes e seu contingente de teclados, órgãos Hammond e mini-moogs o cercando.

Já com a formação clássica, lançam em 1972 dois discos fabulosos: "Fragile" e "Close to the Edge". A ótima química da banda gera uma maior sofisticação nas composições e arranjos chegando quase ao limite em "Close to the Edge", um título bem apropriado. "Fragile" marca também o começo da longa parceria entre o Yes e o artista plástico Roger Dean, ícone do psicodelismo setentista. Dean confeccionou uma logo e passou a desenhar as capas e os encartes dos discos para o Yes, tornando a atmosfera da banda ainda mais surreal.

Pouco antes do lançamento de "Close to the Edge", Bill Bruford deixa o yes para se juntar ao King Crimson (do qual provavelmente se tratará aqui mais tarde). A decisão foi recebida com incredulidade pela banda; Bruford deixava um fenômeno comercial como o yes por uma banda obscura à época como o King Crimson; Paciência... Em seu lugar a banda contrata Alan White, que muito embora sem a técnica altamente apurada do entusiasta de jazz Bruford, dá conta do recado.

Em 73 sai um ambicioso projeto bancado pela gravadora Atlantic Recors: um disco triplo contendo as performances ao vivo dos maiores sucessos dos últimos três discos do yes. Nada digno de nota. Entretanto, no mesmo ano, o yes que já vinha se aproximando da beirada, caiu ribanceira abaixo. Sai o disco Duplo "Tales from Topographic Ocean"; viagem total. Totalmente baseado... Baseado em dois livros que Jon Anderson leu (John Michell’s A Vista sobre Atlantis e P. Yogananda’s Autbiografia de um Iogue); Algo sobre tudo estar conectado, o sentido da vida e sabe-se lá mais o que. Naturalmente ele adorou os livros, tendo incluvise mudado todo o seu estilo de vida após a leitura dos mesmos.

Pessoalmente eu adoro o disco, mas... Esse em especial é algo muito pessoal. A título de comentário, vale dizer que alguns discos de rock progressivo não são realmente digeridos numa primeira audição, requerendo do ouvinte paciência e boa vontade de ouvi-lo várias vezes e em diferentes estados de espíritos para confirmar ou não uma primeira impressão ruim. Posso tomar esse álbum mesmo como exemplo, que a princípio não me agradou, mas com o tempo tornou-se um de meus favoritos.

Como pode se imaginar a estranheza foi geral; Do público, da crítica e até dos músicos. Rick Wakeman, que paralelamente ao yes tecia uma carreira solo de grande sucesso decide deixar a banda, dando lugar ao músico de electric-jazz(??) Patrick Moraz.

Em 74 o yes lança o primeiro e único disco com Moraz (Relayer), que foi extremamente criticado por tudo e por todos. Justiça seja feita, quando Moraz entrou em estúdio, 80% do álbum já estava gravado. Como Howe achasse que não haveria tecladista, encheu o disco de guitarras e mais guitarras. Na hora de Moraz mostrar serviço, as músicas ficaram saturadas de instrumentos, o que prejudicou enormemente o disco. Salva-se a parte final da suíte de vinte minutos: "Soon", um dos maiores sucessos comerciais do yes, tendo sido um dos pontos de partida para a apreciação do yes pelo público brasileiro.

Fiquemos por hoje apenas com o filé do que o yes já produziu, pois a partir de "Relayer" o nível desce muito, embora já no próximo disco volte a contar com a participação de Wakeman. Quem sabe em postagens futuras eu não venha a dar continuidade a essa seqüência...








Fragile


Close to the Edge




quarta-feira, 4 de junho de 2008

Creedence Clearwater Revival

Tentando variar um pouco as postagens...
Para quem só conhece "Have you ever seen the rain?", ótima oportunidade de conhecer o resto do excelente trabalho desse grupo de country rock americano.Tens aqui o disco 1 de uma coletânia em dois volumes (Eu postaria o segundo se o tivesse, mas por enquanto é uma boa introdução à banda).

Uma ou outra música mais fraca, mas no geral tudo muito bom.Destaque para: "Susie Q", "Proud Mary", "Bad Moon Rising", "Green River", "Fortunate Son", "Who'll stop the rain", "Lookin' Out my back door", "Long as I can see the light" e claro.. "Have you ever seen the rain".


Chronicle vol 1


Beach Boys

Como prometido anteriormente, o post dos beach boys.

O Beach Boys foi criado em 61 pelos irmãos Wilson (Brian, Carl e Dennis), pelo primo Mike Love e pelo amigo Al Jardine.

Influenciados pelo R&B, Rock 'n' roll e pelas vocalizações da música romântica americana (algo bem próximo ao que os Beatles já faziam na época), sempre adicionando um grande tempero pop. Suas letras visavam o público jovem, falando de casos de amor, surf e carros.

Originalmente com o nome de "The Pendletones" (a mudança foi decisão de um promotor da gravadora) eles são contratados pela Capital Records e lançam seu primeiro disco: "Surfin' Safari".

No Final de do ano 1964, Brian sofre um ataque de pânico durante um vôo de avião e deixa a turnê. Decide se afastar da banda, focando seus esforços em composições cada vez mais elaboradas.

Os trabalhos da banda começam a se sofisticar e pender cada vez mais para um tipo de experimentalismo musical, dando preferencia cada vez mais a trabalhos de teclados em vez de guitarras, percussão em vez de bateria. Os discos dos Beach Boys tornam-se palco para a inventividade e perfeccionismo de Brian, que chegava a contratar musicos de estúdio para gravar os discos em vez dos própios Beach Boys.

A banda atinge seu pico criativo (por "banda" refiro-me a Brian) em 66 com o lançamento do mais do que aclamado "Pet Sounds". O Albúm é considerado um marco na era do rock, tendo influenciado deus e o mundo, incluindo até mesmo os Beatles (Paul McCartney sempre fez questão de dizer que "God only Knows" era sua música favorita).Muito embora aclamado pela crítica, não fez grande sucesso comercial, tendo vendas moderas.

Em 67 começa a ser preparado o próximo album dos beach boys: "Smile".Também é nessa época que os problemas de Brian começam a aparecer. O compositor passa a abusar de drogas cada vez mais pesadas e a se isolar em sua mansão, chegando a passar semanas inteiras na cama compondo, sofrendo de depressão e paranóia. Diagnosticado esquizofrênico, Brian começa a fantasiar uma "disputa" musical entre os beach boys e os beatles, passando a exigir cada vez mais de si mesmo na tentativa de superar os fab four. Pressionado pelas magras vendas de "Pet Sounds", pela insatisfação dos outros membros da banda devido aos novos rumos musicais, bem distantes do estilo "fun in the sun" como era chamado, pelos problemas com a gravadora e pelos própios delírios, as aparições de Brian começam a se tornar cada vez mais erráticas, assim como sua participação musical, chegando a deixar projetos de discos incompletos durante anos.

Nos anos que seguem, os outros membros dos beach boys ensaiam uma retomada ao estilo que os consagrou, alguns até mesmo se esforçando para produzir novas composições. Embora suas apresentações continuassem a esgotar ingressos, por sempre terem mantido em foco as composições mais antigas, os novos cds passaram a amargas vendas.

O Beach Boys começam a desaparecer da cena musical, marcando presença cada vez mais eventual nos Top Charts, mesmo com a tímida volta de Brian. No final dos anos 70 morre Dennis Wilson, e em 1998 o irmão Carl Wilson. Nesse ínterim os membros da banda estiveram envolvidos quase que completamente com questão judiciais. Nos dias atuais os Beach Boys remanescentes, com exceção de Brian, fazem eventuais turnês na américa, nunca tendo readiquirido a evidência de antes.

Em função da extensa discografia, fica aqui uma coletânia bastante abrangente, pegando o principal período, que vai de 61 a 69, embora os rapazes tenham lançado alguns poucos novos cds até 1996.




20 Goldem Greats



The Mamas and the Papas

The Mamas and the Papas foi um grupo vocal de música pop, ícones do movimento psicodélico durante os anos 60, ligados à contracultura e ao movimento hippie (especialmente com a cidade de San Francisco). Embalaram sucessos até hoje conhecidos como "California Dreamin" e "Monday Monday" e outras menos cotadas.

Lançaram poucos cds pois a banda não durou muito, devido a brigas e a pulagens de cerca entre os membros (coisa de hippie mesmo). O grupo durou de 1960 a 1967, lançando nesse ínterim 4 cds (e um quinto em 71 por força da gravadora).

A coletânia do post reúne maravilhosamente bem os maiores e melhores sucessos do grupo, do quais podemos destacar as já citadas "California Dreamin" e "Monday Monday", além de: "Dedicated to the One I love", "Look through my Window", "I Call Your name" (versão divertida das músicas dos beatles) e "I Saw her again last night".

O grupo era famoso principalmente pelas belas harmonizações vocais a la Beatles e Beach Boys (próximo post), tendo várias vezes rearranjado standarts da música americana para um formato mais pop (Dedicated to the one I love, Dream a little dream of me).

Integrantes:
Denny Doherty - Guitarra e Vocais
"Mama" Cass Elliot - Vocais
John Phillips - Vocais e Guitarras
Michelle Phillips - Vocais





terça-feira, 3 de junho de 2008

Uriah Heep

Equanto muito alarde é feito sobre os gigantes do hard rock setentista - bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple - pouco é dito nos dias de hoje sobre alguns igualmente importantes, porém menos conhecidos contemporâneos.Seguramente no topo da lista estão os veteranos britânicos, Uriah Heep.

Formada de uma mescla de várias bandas de blues rock e hard rock no final do sessenta -todas elas sem expressão comercial- o Uriah Heep pode se orgulhar por ter contado por boa parte da sua carreira com uma formação privilegiada.
Vamos a ela:

David Byron, vocalista soberbo, com uma voz e técnica invejaveis (que muito deve a sua mãe, cantora de jazz). Lee kerslake, baterista completo para dizer o mínimo, de toque suave e com uma dinâmica perfeita.Gary Thain, seguramente um dos melhores baixistas de todo o rock, inventivo, elegante, marcante.Mick Box, guitarrista acima da média, com uma ótima pegada e grande critividade.Ken Hensley, grande organista, vocalista e excelente compositor.

A química era perfeita.Bons músicos + criatividade = bons trabalhos. E foi o que aconteceu entre 71 e 75. Apesar de anteriores e posteriores formações, não há dúvida quanto ao desnível quando comparadas com essa fase. A formação clássica citada se desfaz pela saída e posterior morte de Byron e Thain, qual representou uma enorme perda para o rock. Desde então, apesar de ainda em atividade, o Uriah Heep sofreu diversas modificações no cast contando hoje apenas com Box, oriundo da formação clássica.

O que vais encontrar logo abaixo são quatro peças de genialidade, o melhor que heep produziu no período citado.

Começando com Demons and Wizards de 72, cheio de rock agalopados e belas baladas. Atenção para a canção que abre o disco (the Wizard), Poet's Justice (rock cheio de firulas, bem ao estilo heep), Circle of Hands (com sua belíssima introdução de órgão Hammond B3) e para a suíte Paradise/The Spell que encerra o disco (com suas passagens de piano e solos de slide extremamente delicados).

Na Sequência, The Magicians Bithrday também de 72. Considerados por muitos o ápice da banda, traz algumas músicas inesquecíveis como Sunrise (hard rock visceral), Blind Eye (balada ao violão com suas inesquecíveis guitarras dobradas), Rain (canção romântica ao piano com Hensley nos vocais), Tales (contos vikings à beira da fogueira) e a suíte que dá nome ao disco, peça da genialidade de Hensley (a eterna luta do bem contra o mal).

Em 73 sai Sweet Freedom, mas a turma não perde o ritmo e lança um fabuloso disco novamente. Abre o disco o hard rock visceral Dreamer, em seguida os rocks Stealin' e One day, sempre muito bem resolvidos; a faixa-título, peça soberba do estilo heepiano de compor, linda e agressiva ao mesmo tempo, If I Only had the Time, com seus órgãos chorosos e bela melodia.Passamos pelos experimentalismos de seven stars, econtramos uma suave balada de violões (Circus) e o hard rock Pilgrim fechando o disco.Na edição que lhes posto, contas ainda com um bônus, lançado à época em forma de single: Sunshine, a qual resolve bem o LP.

No ano que segue sai Wonderworld, menos genial que os anteriores é verdade, mas pra quem vinha de um nível tão alto, a queda não foi grande.Começamos com a faixa-título, que vocês fariam o favor de ouvir, para que eu não incorra no erro de não lhe fazer justiça.Pulamos Suicidal Man, vamos à bela The Shadows and the Wind, e na sequência, à animada So Tired. Ouçam a balada a la Eagles Easy Road,com direito até a orquestrações. Pulamos Something or Nothing, e seguimos até o final com I Won't Mind, We Got We e Dreams.

Se você nunca ouviu falar em Uriah Heep é a sua chance de tirar uma ótima impressão dos caras.Não espanta que as novas gerações não os conheça visto que seus cds estão fora de catálogo há anos, por motivos obscuros.Então além de 4 belas obras-primas, tens aqui 4 raridades fonográficas, que tendem a se tornar cada vez mais raras.
seguem os link na ordem cronológica:



Demons and Wizards






Magician's Birhtday




Sweet Freedom




Wonderworld



domingo, 1 de junho de 2008

Simon and Garfunkel

Após dois monstros sagrados do rock inglês, me deu vontade de trazer algo menos conhecido.Mais abaixo queridos leitores, vocês terão um pérola do folk-rock americano.Formada pelos amigos de escola Paul Simon e Atr Garfunkel, a dupla ganhou relativa destaque nos anos 60, época em que o movimento folk ganhou bastante força na américa, impulsionado pelo sucesso de gente como Bob Dyan e Joan Baez, com suas canções de protesto contra a guerra do vietnã e contra a sociedade elitizada da época de uma forma em geral.A dupla se separou em 1970 devido a divergências artísticas.A verdade é que Garfunkel era uma éspecie de papagaio de pirata, contribuindo muito pouco e levando os créditos lado a lado ao verdadeiro compositor e músico que é Paul Simon.Paul Simon compunha música, letras, tocava violão e cantava nos shows, enquanto Garfunkel se limitava à segunda voz.Chama-se atenção para o belo trabalho vocal da banda, assim como para as composições de Paul como um todo: melodia, harmonia e arranjos ao violão, sempre muito criativos, e também para as letras, de uma profundidade até então inexistente no rock.A coletânea que tens a seguir resume perfeitamente bem a carreira da dupla (fato raro para coletânias), o que torna dispensável a aquisição dos cds originais.

Aaah, para que se faça justiça... Paul Simon é o de bigode.


Greatest hits

Led Zeppelin

O que é pesado e voa?
Resposta:Led Leppelin.

Quem respondeu à pergunta, e deu nome ao grupo foi o baterista do "the Who", Keith Moon.Primeiramente com o nome de "New Yardbirds", teve de ser rebatizado simplismente por não ter nada a ver com os antigos "Yardbirds".

Para quem não sabe, Yardbirds era um grupo de blues rock inglês. O grupo fez relativo sucesso nos anos 60, tendo contado com futuras personalidades como os guitarristas Jeff Beck, Eric Clapton e Jimmy Page.Por brigas internas, o grupo se desfez, até que só sobrasse Jimmy Page, comandante de um navio sem tripulação.

Diante da pressão comercial e de contratos já assinados, Page recruta novos músicos para cobrir a agenda de shows.Dentre os recrutados:John Bonham (bateria), Robert Plant (vocal) e John Paul Jones (baixo e sintetizdor).Todos já excelentes músicas, mas na época, desconhecidos.Com o nome de New Yardbirds, finalizam as excursões pendentes e se veêm sem perspectivas caso continuem o trabalho dos Yardbirds.Decidem pois, formar um novo grupo, bem mais sofisticado do que o som tosco que os Yardbirs faziam.

Uma mistura de Blues com Hard Rock com música celta, somados à uma grande dose de invencionismo e experimentação.Genial.Principalmente quando executado por músicos tão talentosos e únicos no rock.Nenhum baterista bate tão pesado quando Bonham, nenhum baxista tem a presença de Jones, nenhum vocalista tem a técnica de Plant, e nenhum guitarrista é tão inventivo quanto Page.Os Led Zeppelin arrebatam o público com seus discos inovadores e suas performances marcantes, imoratlizando seus nomes no Hall of Fame do Rock.A crítica especializada do melody maker questiona à época: "Led Zeppelin, maiores que os beatles?"

Apesar de variar bastante em termos de conteúdo, os discos do led mantém um bom padrão de qualidade, crescente junto com a ordem cronológica, atingindo seu ápice em Houses of the Holy, pelo qual não vou fazer uma resenha individual.. (some-se a isso a preguiça).

Abaixo, quase todos os discos do led zeppelin.Deixamos de lado os discos "Presence" e "In Trough the out Door", por acreditarmos que pouco acrecentariam aos ouvintes mais exigentes.

Robert Plant - Vocal e gaita
Jimmy Page - Guitarras
John Paul Jones - Baixo, mandolin e teclados
John Bonham - Bateria




Led Zeppelin I





Led Zeppelin II




Led Zeppelin III





Led Zeppelin IV


















Pink Floyd

Depois de abrir o blog com os cds do Haddad, iremos agora postar um outro grupo referencia dos anos 70.Acredito que um grupo do tamanho do pink floyd, assim como outros que iremos postar, não necessitam de grandes apresentações.Até mesmo porque, com uma simples passagem pelo wikipédia, se poderia conhecer com muito mais detalhes a história do grupo do que nós seriamos capazes de postar aqui (fato pelo qual, a história da banda haddad ficou tão extensa, já que dessa não há registro algum na internet).Por isso, ao postar cds de grandes bandas, nos limitaremos a comentar as faixas de destaque e a citar curiosidades que por ventura escapem do grande público e do wikipédia por assim dizer.

Bem, o que nós temos aqui são duas obras de arte.Dark side of the Moon e Wish you Were Here.Sucessos absolutos de público e crítica, o 1° chegou a ficar por mais de 15 anos entre os discos mais vendidos do mundo, tendo o segundo alcançado grandes vendagens também.

"Dark side.." de 1973, é um disco conceitual, o que significa que foi composto como "uma coisa só".As músicas se interligam do começo ao fim do disco (com exceção de "great gig in the sky" e "money", o que correspondia à passagem do lado A para o B do antigo LP).Essa ligação entre as músicas é o motivo pelo qual recomendamos que o disco seja ouvido continuamente, ao contrário do que normalmente é feito.O disco e perfeito do início ao fim, dispensando assim cometários individuais.A galera do Pink floyd pegou uma ajudinha de certos cogumelos e de um dos grandes magos dos estúdios: Alan parsons.Essa figura, embora pouco reconhecida pelo grande público é um dos motivos pela alta qualidade de gravação e produção do disco.

"Wish you Were here" de 1975, segue a mesma fórmula do anterior, e apesar de não ser tãão inspirado, é um ótimo disco.Também conceitual, pelo que ficam as mesmas recomendações do anterior.Destaque para a faixa de abertura: "Shine on your crazy diamond", dedicada (nas entrelinhas) para o ex-integrante e idealizador do Pink Floyd Syd Barret, afastado da banda por problemas mentais (foi diagnosticado esquizofrênico), e para o grande sucesso do disco: sua faixa-título.Repetida incessantemente nas rádios, chegando quase ao ponto de saturação.Curiosidade sobre a capa: o que seria hoje um mero efeito de computador, foi feito na época com um dublê ao qual foi ateado fogo de verdade e que embora um pouco chamuscado, saiu feliz com o gordo cachê que recebeu.
Só para desencargo de conciência, caso alguém não saiba o Pink Floyd é formado por:

Roger Water - Baixo e Voz
David Gilmour - Guitarra e Voz
Richard Wright - Teclados
Nick Mason - Bateria e Percussão

(Todos dão uma palhinha no que tange a teclados malucos e efeitos psicodélicos)
Todas as composições são distribuidas entre os membros da banda, sendo que todas as letras são feitas por Roger Waters.


The Dark Side of the Moon