terça-feira, 3 de junho de 2008

Uriah Heep

Equanto muito alarde é feito sobre os gigantes do hard rock setentista - bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple - pouco é dito nos dias de hoje sobre alguns igualmente importantes, porém menos conhecidos contemporâneos.Seguramente no topo da lista estão os veteranos britânicos, Uriah Heep.

Formada de uma mescla de várias bandas de blues rock e hard rock no final do sessenta -todas elas sem expressão comercial- o Uriah Heep pode se orgulhar por ter contado por boa parte da sua carreira com uma formação privilegiada.
Vamos a ela:

David Byron, vocalista soberbo, com uma voz e técnica invejaveis (que muito deve a sua mãe, cantora de jazz). Lee kerslake, baterista completo para dizer o mínimo, de toque suave e com uma dinâmica perfeita.Gary Thain, seguramente um dos melhores baixistas de todo o rock, inventivo, elegante, marcante.Mick Box, guitarrista acima da média, com uma ótima pegada e grande critividade.Ken Hensley, grande organista, vocalista e excelente compositor.

A química era perfeita.Bons músicos + criatividade = bons trabalhos. E foi o que aconteceu entre 71 e 75. Apesar de anteriores e posteriores formações, não há dúvida quanto ao desnível quando comparadas com essa fase. A formação clássica citada se desfaz pela saída e posterior morte de Byron e Thain, qual representou uma enorme perda para o rock. Desde então, apesar de ainda em atividade, o Uriah Heep sofreu diversas modificações no cast contando hoje apenas com Box, oriundo da formação clássica.

O que vais encontrar logo abaixo são quatro peças de genialidade, o melhor que heep produziu no período citado.

Começando com Demons and Wizards de 72, cheio de rock agalopados e belas baladas. Atenção para a canção que abre o disco (the Wizard), Poet's Justice (rock cheio de firulas, bem ao estilo heep), Circle of Hands (com sua belíssima introdução de órgão Hammond B3) e para a suíte Paradise/The Spell que encerra o disco (com suas passagens de piano e solos de slide extremamente delicados).

Na Sequência, The Magicians Bithrday também de 72. Considerados por muitos o ápice da banda, traz algumas músicas inesquecíveis como Sunrise (hard rock visceral), Blind Eye (balada ao violão com suas inesquecíveis guitarras dobradas), Rain (canção romântica ao piano com Hensley nos vocais), Tales (contos vikings à beira da fogueira) e a suíte que dá nome ao disco, peça da genialidade de Hensley (a eterna luta do bem contra o mal).

Em 73 sai Sweet Freedom, mas a turma não perde o ritmo e lança um fabuloso disco novamente. Abre o disco o hard rock visceral Dreamer, em seguida os rocks Stealin' e One day, sempre muito bem resolvidos; a faixa-título, peça soberba do estilo heepiano de compor, linda e agressiva ao mesmo tempo, If I Only had the Time, com seus órgãos chorosos e bela melodia.Passamos pelos experimentalismos de seven stars, econtramos uma suave balada de violões (Circus) e o hard rock Pilgrim fechando o disco.Na edição que lhes posto, contas ainda com um bônus, lançado à época em forma de single: Sunshine, a qual resolve bem o LP.

No ano que segue sai Wonderworld, menos genial que os anteriores é verdade, mas pra quem vinha de um nível tão alto, a queda não foi grande.Começamos com a faixa-título, que vocês fariam o favor de ouvir, para que eu não incorra no erro de não lhe fazer justiça.Pulamos Suicidal Man, vamos à bela The Shadows and the Wind, e na sequência, à animada So Tired. Ouçam a balada a la Eagles Easy Road,com direito até a orquestrações. Pulamos Something or Nothing, e seguimos até o final com I Won't Mind, We Got We e Dreams.

Se você nunca ouviu falar em Uriah Heep é a sua chance de tirar uma ótima impressão dos caras.Não espanta que as novas gerações não os conheça visto que seus cds estão fora de catálogo há anos, por motivos obscuros.Então além de 4 belas obras-primas, tens aqui 4 raridades fonográficas, que tendem a se tornar cada vez mais raras.
seguem os link na ordem cronológica:



Demons and Wizards






Magician's Birhtday




Sweet Freedom




Wonderworld



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