terça-feira, 10 de junho de 2008

YES

oooww...
Chega de coletâneas...

Alguns álbuns agora de um dos maiores expoentes do rock progressivo: YES!!
Ó... Coisa pra nego maconhado hein... Depois não diz que eu não avisei...

Formado 1968 por excelentes músicos ingleses, alguns oriundos da escola clássica, o yes sempre foi um grupo destacável tanto pela inventividade quanto pelo virtuosismo de seus integrantes (alguns diriam que pela feiúra também, mas não vamos ser malidicentes, sim?) . A banda começa com a seguinte formação: Jon Anderson (vocal), Chris Squire (baixo), Tony Kaye (teclado), Peter Banks (guitarra) e Bill Bruford (bateria).

Depois de dois Lps sem graça a banda sofre uma remodelagem importantíssima em meados de 1970: Sai Peter Banks; Entra Steve Howe. Melhora imediata. O terceiro Lp (The Yes Album) é maravilhoso e já demonstra até onde o yes haveria de chegar. Riffs inspiradíssimos, harmonias vocais melodiosas, solos avassaladores e letras o mais filosóficas dão o tom do disco. O disco conta também com a indispensável figura do produtor Eddie Offord, considerado um mago dos estúdios, que se tornou uma ponte entre a fértil imaginação do yes e a real transformação dela em música.

Chega o ano de 1971, e com ele o último personagem que constituiria a formação clássica do yes: Rick Wakeman, substituindo Tony Kaye; o qual não conseguia se equiparar a Howe em termos de performance.

Wakeman, formado em piano clássico, músico de estúdio profissional, viria a se tornar uma atração a parte nos shows do yes com seus quase dois metros de altura, cabeleira loira escorrida, capa de brilhantes e seu contingente de teclados, órgãos Hammond e mini-moogs o cercando.

Já com a formação clássica, lançam em 1972 dois discos fabulosos: "Fragile" e "Close to the Edge". A ótima química da banda gera uma maior sofisticação nas composições e arranjos chegando quase ao limite em "Close to the Edge", um título bem apropriado. "Fragile" marca também o começo da longa parceria entre o Yes e o artista plástico Roger Dean, ícone do psicodelismo setentista. Dean confeccionou uma logo e passou a desenhar as capas e os encartes dos discos para o Yes, tornando a atmosfera da banda ainda mais surreal.

Pouco antes do lançamento de "Close to the Edge", Bill Bruford deixa o yes para se juntar ao King Crimson (do qual provavelmente se tratará aqui mais tarde). A decisão foi recebida com incredulidade pela banda; Bruford deixava um fenômeno comercial como o yes por uma banda obscura à época como o King Crimson; Paciência... Em seu lugar a banda contrata Alan White, que muito embora sem a técnica altamente apurada do entusiasta de jazz Bruford, dá conta do recado.

Em 73 sai um ambicioso projeto bancado pela gravadora Atlantic Recors: um disco triplo contendo as performances ao vivo dos maiores sucessos dos últimos três discos do yes. Nada digno de nota. Entretanto, no mesmo ano, o yes que já vinha se aproximando da beirada, caiu ribanceira abaixo. Sai o disco Duplo "Tales from Topographic Ocean"; viagem total. Totalmente baseado... Baseado em dois livros que Jon Anderson leu (John Michell’s A Vista sobre Atlantis e P. Yogananda’s Autbiografia de um Iogue); Algo sobre tudo estar conectado, o sentido da vida e sabe-se lá mais o que. Naturalmente ele adorou os livros, tendo incluvise mudado todo o seu estilo de vida após a leitura dos mesmos.

Pessoalmente eu adoro o disco, mas... Esse em especial é algo muito pessoal. A título de comentário, vale dizer que alguns discos de rock progressivo não são realmente digeridos numa primeira audição, requerendo do ouvinte paciência e boa vontade de ouvi-lo várias vezes e em diferentes estados de espíritos para confirmar ou não uma primeira impressão ruim. Posso tomar esse álbum mesmo como exemplo, que a princípio não me agradou, mas com o tempo tornou-se um de meus favoritos.

Como pode se imaginar a estranheza foi geral; Do público, da crítica e até dos músicos. Rick Wakeman, que paralelamente ao yes tecia uma carreira solo de grande sucesso decide deixar a banda, dando lugar ao músico de electric-jazz(??) Patrick Moraz.

Em 74 o yes lança o primeiro e único disco com Moraz (Relayer), que foi extremamente criticado por tudo e por todos. Justiça seja feita, quando Moraz entrou em estúdio, 80% do álbum já estava gravado. Como Howe achasse que não haveria tecladista, encheu o disco de guitarras e mais guitarras. Na hora de Moraz mostrar serviço, as músicas ficaram saturadas de instrumentos, o que prejudicou enormemente o disco. Salva-se a parte final da suíte de vinte minutos: "Soon", um dos maiores sucessos comerciais do yes, tendo sido um dos pontos de partida para a apreciação do yes pelo público brasileiro.

Fiquemos por hoje apenas com o filé do que o yes já produziu, pois a partir de "Relayer" o nível desce muito, embora já no próximo disco volte a contar com a participação de Wakeman. Quem sabe em postagens futuras eu não venha a dar continuidade a essa seqüência...








Fragile


Close to the Edge




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